segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Estar. sentir as tuas mãos percorrerem-me o corpo. A tua boca semi-aberta e os teus olhos negros, serenos, o teu corpo quente encostado ao meu.

Estas tão distante meu amor... nunca chegas a chegar.

Custa-me tanto. tanto. beijo-te em sonhos. estou a teu lado e não consigo tocar-te. A voz que não sai. o medo. sempre o medo. que me invade, oprime.

Gostava de cometer uma acto de desepero contigo meu amor. mas nem isso. nem isso me permito, me permites...

Permaneço. imóvel. estática. com as lágrimas a cairem que não vês. Espero, paciente, creente em nada, pela palavra que não vem, pelo toque que não chega, pelo brilho dos teus olhos que não vejo quando me ves.

Busco. a todo o segundo um sinal. Que afinal voltarás, que nunca te foste. que me amas.

Fujo. de mim, de ti. Da ausência infernal do que não acontece quando estamos..

Amo-te. mas não há amor sem ti.

Morro, lentamente...suavemente...silenciosamente.